Vôo Urbano


Choro de criança mimada,
vozes e mais vozes.
Um nascimento no centro urbano
e eu continuo voando...
Estou a um passo
da decadência da cidade
imaculada e fina,
onde cada unidade é uma engrenagem.
Tribos e encontros,
felicidade breve, ferve.
Orgasmo da libertação,
cerveja barata e prostituição.
Classes velhas
percorrendo ruas e vielas.
Há velhos mudados , mundo novo.
Turvo tempo, mundo velho.
Almas largadas, morte silenciosa,
indigna e fria.
Poder massacrante,
desigual e injusto.
Aí eu te pergunto:
“O que fez para derrubar os infortúnios da humanidade?”
A cidade nos engole.
Ela diz: “Compro e vendo sua alma”
Assumo e escrevo sua história.


Por Anie e Gabriela Caldeira

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