Monólogo


Minha mente é um poço de sonhos e desejos impossíveis, o mundo que eu vejo não é o mundo que eu vivo, às vezes me desencontro daquilo que os outros chamam de “planeta terra”, crio e imagino coisas que nem eu entendo, mudo de opinião constantemente, crio expectativas, debato minha existência com a vida, outras vezes eu não estou nem aí.
Penso demais, falo demais, vivo demais, sou um exagero, feliz e triste ao mesmo tempo. Tive tantas opções e não consegui escolher nenhuma, quero tudo ao mesmo tempo e do meu jeito e isso me enlouquece. Claro que tenho mil defeitos na estante, mil idéias mirabolantes, sou o concreto e o abstrato pintados no mesmo quadro, o amor e o ódio no mesmo coração, uma metamorfose ambulante como diria Raul. Eu preciso de uma dose violenta de qualquer coisa que me coloque de volta no eixo se é que isso é possível. Confesso que já tentei fingir ser outro alguém, mas mesmo assim eu era outra querendo ser eu e só percebi quando o muro que eu vivia fora derrubado por outro alguém.
Todos me perguntam “porque você escreve tantas coisas tristes?”: porque a tristeza é a inspiração mais verdadeira que já vivi, não é proposital, é pretérito mais que perfeito. Mesmo que o tempo corrompa minhas verdades, mesmo que o esquecimento me tome completamente sei que existe alguém que irá me entender.

“Qual quebra cabeça dentro da sua complexidade nunca foi completado?”
- Anie Francis

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