Mais dia menos dia, alivia.


O coração afogado nos livros e a saudade enlouquecendo a cada parágrafo. Hoje eu entendo que algumas coisas precisam passar pra se tornar importantes e outras precisam morrer para serem lembradas. (...) A falta que ele faz ainda me consome, principalmente quando o relógio não desperta, ou quando a aurora brota completamente cinza.
O amor volta para os livros e a liberdade que eu procuro se transforma em rabisco, mas quem é este homem devolvendo a minha insônia? Talvez ele esteja bem aqui, encostado no meu ombro, talvez em qualquer fotografia rasgada, ou no perfume deixado em alguma roupa velha... Os detalhes machucam como as farpas que “mais dia menos dia, alivia”.
Só por hoje eu liguei o rádio e estava tocando Medulla “Eterno retorno”.

“O universo inteiro numa casca de noz
Impõe a lei do eterno retorno
Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,
mais dia menos dia, alivia.
E eu já nem sinto mais o cheiro dela”


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