Como se a vida fosse esse único instante, e é.


Muitas vezes o sentido das coisas é a falta de sentido que existe entre elas. Precisamos levantar voo e cair para sentir o prazer de levantar voo novamente e não há nesse mundo nada mais gostoso que fechar os olhos e abraçar o desconhecido, descobrir devagarinho onde estamos pisando, as vezes nas nuvens, outras vezes em uma enorme poça de lama. Tantos sonhos, crimes, lembranças, fotografias velhas... Um recado na caixa postal, uma xícara com café frio e o crepúsculo invadindo a janela do meu quarto. Sinto a poesia florescer sozinha nesse momento, como se a vida fosse esse único instante, e é.
Posso estar sempre em conflito com o mundo, porém tenho fome de liberdade. Minha ânsia individual se choca com os ideais que eu gostaria de ter. Tenho medo de sentir medo, mas consciência da sua importância. Através do medo me conecto com a coragem e por meio da coragem eu consigo tocar as estrelas. Aí eu percebo que preciso de uma dose de saudade e mais nada.


"Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio."
(Clarice Lispector)

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