Um pequeno amor


Quantas vezes esperei um pequeno amor naquela estação de trem? Observava ele surgindo na escada rolante e perdia o ar. Nunca vou apagar as noites em que este amor sorrateiro tocou minha alma. Foi ele quem inspirou meus melhores versos. Esta noite sonhei com um reencontro incrível, inimaginável e tão meu que pensei muito antes de colocar no papel.

(...)Pequeno amor porque seu valor esta além da compreensão, como as estrelas, como o infinito céu, como o vento sutil que um dia tocou nossos corações e temperou nosso curtametragem.

Enquanto eu dormia, aqueles olhos castanhos esbarraram nos meus, as mãos que encontravam meu corpo pingavam de desejo, sua voz doce de longe tocava meus ouvidos, logo, percebi que poderia ser mais um sonho bom e então me permiti viver tudo como se fosse capaz de reconstruir os passos que um dia eu segui. Praticamente indescritível.
Você, meu pequeno amor. Ainda lembra de “nós”? Tentei apagar teu sorriso, eu admito, e com ele as estrelas que nos guiaram muitas noites fugidias e o crepúsculo que nos envolvia, mas algo deu errado. Eu acordei em outros mundos, longe de ti.
Eu mudei meus sonhos, meus planos, meus desejos, meu caminho. Mudei e percebi que um “sonho bom” é a única coisa eterna e imutável nesta vida. O tempo pode apagar muitas histórias, entretanto jamais apagará o perfume que a noite traz, nem as lembranças que ela desperta.



"Há sonhos que devem permanecer nas gavetas,
nos cofres, trancados até o nosso fim.
E por isso passíveis de serem sonhados a vida inteira."
Hilda Hilst





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