Meu mal-me-quer

O inverso das palavras que me feriram foi inútil, pois de qualquer forma elas saíram dos teus lábios e atingiram o meu coração deixando marcas incuráveis. Não me recordo qual a porta que deixamos aberta, mas eu vi nosso amor partir sangrando. O tempo tentou costurar as feridas. Aprendi que “amar” não é o mesmo que dizer “eu te amo”. Tentei me lembrar das noites que ouvimos o som do mar, ou das madrugadas que passamos acordados simplesmente sonhando, mas dói enxergar entre os escombros da nossa história enquanto há tantas feridas abertas resistindo até hoje.
O vento às vezes sopra no ouvido aquela música que você cantava pra mim. Somente o universo sabe como eu quis materializar aquele instante, apenas para ter algo bom pra recordar. Felizmente todas as lembranças se misturaram com a ilusão. Quem foi que disse que um conto de fadas infeliz deixa de ser um conto de fadas?
- Anie Francis

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