No carrossel da existência


Isso não é amor, é loucura. Um tropeço e lá estava você de braços abertos pra evitar a queda. Como pude não te prender em uma gaiola? Sinto sua falta e evito pensar em dizer, evito pensar em você. Não quero repetir outra dose, mas meu coração te chama baixinho.
Sento diante da TV e “Um dia” me obriga a lembrar o gosto da tua boca. É verdade, o amor plantou uma semente no meu peito. Um sentimento brotou e criou galhos, mas as folhas que caíram secas eu não consigo explicar. E nem pretendo.
Talvez o meu maior erro seja deixar alguns capítulos em branco. Tenho medo de escrever um final que não seja digno diante da nossa história, tenho medo de escrever um final... Seja ela qual for. 
Não me pertenço. Quando observo a noite sublime e as estrelas me completo, vejo que nenhum amor é tão grande quanto o que eu sinto pela liberdade de acordar diferente todos os dias, reinventando cores e sabores.
O meu amor é distraído e tem fases como a lua. E se eu mesma não me entendo...
No carrossel da existência meu amor brinca de ser criança, entra na dança e não para até o sapato gastar. É quando a saudade cria raízes no subsolo da alma e nada parece remediar.
- Anie Francis

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