A Rosa de Papel

As sombras nas calçadas
refletem em nosso destino
em um mar de angústia
com sopros de velas
e beijos de canela.
Amanheceu mais uma vez
no meu espírito
uma rosa de papel
com o ódio que cultivo
corrompido pelas pontas de estrelas
que perfuram o corpo
e arrastam daqui as lembranças que eu não canto.
Só quero esperar os cegos
amanhecidos com sorrisos
e velejar com os ecos fugidios
que cortam a minha visão.
Enquanto o sangue
crava minha era
cultivo sonhos profundos
e uma história sem perdão.

- Anie Francis (Outono de 2004)

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