Seara da pétala


A pétala dos ventos
ensaia a melodia florada.
e a luz cansada de brilhar
imagina uma lágrima nos espinhos.

Os sapatos das inspirações
saltam sem par
satiram as algemas velhas
e se prendem nas raízes e nas folhas.

Deixam o solo lavrado
esperando a colheita sem espinhos,
que por vontade vem (re) surgir
na árida floresta de pedras.

A pétala dos ventos
ensaia a melodia florada
de nota em nota vai aos ouvidos
dizendo sonora responsabilidade:
- Só no que há raiz, há luz para humanidade.

Anie Francis e Eduardo Fagundes (Outono de 2004)

A saudade veio colorir o acaso...  Parte do que sou devo ao Eduardo que me ensinou a observar o mundo com os olhos da alma.

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