Amores maiores


Lá estava ela de olhos vendados, nua, como uma presa pronta para saciar a fome do caçador. O corpo suando a espera dos lábios que se perderiam nas curvas mais profundas.
Ele se aproximou devagar, abocanhou todos os sentidos, mastigou o céu e as estrelas.
O tempo parou.
Se engoliram.
A noite não teve fim.
Os dois se entregaram ao frenesi, as vibrações ritualísticas que desencadearam as fantasias submersas nos instintos mais selvagens.
Entre os arranhões e puxões de cabelo a venda deslizou e os olhos passaram a se encontrar nos intervalos de um orgasmo e outro, os sentimentos foram incendiando a cama, o quarto, o mundo...

Uma vida inteira pra se devorar, mas apenas um segundo para aprender a amar.
Nem príncipes, nem pricesas...
Amores maiores: “canibais de nós mesmos”.

- Anie Francis 

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