A cegueira da visão
Gostaria de ser normal, mais inteligente, mais realista,
mais pé no chão. Não consegui. Tenho consciência que desisto de muitas coisas
na minha vida, inclusive de nós. Errei encima de um erro, te amei demais.
Nunca te contei, mas não sei lidar com a dor, já não basta
as que a vida nos obriga a carregar, eu pensei: por que te dar meu coração?
Mentira, não pensei. Apenas te dei. E errei outra vez.
Não sou um exemplo de mulher, rabiscada, cabeça raspada,
corpo nada escultural. Gosto de cerveja, gente estranha e tenho hábitos
esquisitos. Sou bixo do mato, leoa sem tamanho e sem apelido. Selvagem e dócil
ao mesmo tempo... Não tenho rótulo, nem máscara, nem mordo, nem grito... Eu
vivo.
Carrego comigo a fome de liberdade e uma saudade que não cabe
em mim. Tenho ao meu lado uma mala cheia expectativas e sonhos arrebatadores.
Só espero que me perdoe, mas perdoando ou não, eu tentei, dei o melhor de mim sempre... Ou quase sempre. E te amei demais, mesmo errando, mesmo não sendo mulher pra você...
Só espero que me perdoe, mas perdoando ou não, eu tentei, dei o melhor de mim sempre... Ou quase sempre. E te amei demais, mesmo errando, mesmo não sendo mulher pra você...
Uma vida completamente torta, amores devorados pelo avesso, sentimentos afogados em copos de cerveja. Sou aquilo que uns chamam de “monstro”
outros de “sonho bom”. Sou no fundo no fundo “a cegueira da visão”.
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