A flor

"Lá estava ela, nua, linda como a última flor do campo me esperando entre os lençóis amassados de sua cama. Seu olhar penetrante e seus lábios sussurrando meu nome. A madrugada foi nosso berço, mãe do nosso primeiro beijo. Eu olhei pra ela de longe, fiquei namorando suas curvas, seus olhos (e que olhos), o perfume da sua pele arrebatou meus sentidos. Toquei seus pés e beijei cada centímetro da sua perna e fui subindo, subindo bem devagar até seus seios, seu pescoço, enquanto acariciava seus cabelos e meu corpo ia se encaixando ao seu. Enlouqueci. Sussurrei todos os sonhos do mundo no seu ouvido e escutando seus gemidos explodi. Toquei o céu e as estrelas... Fui longe... Até que suas mãos me puxaram de volta, as mordidas, o suor escorrendo... O quarto ficou apertado. Mãos que se esbarravam entre pernas, bocas que se encontravam e a respiração ofegante, eu percebi naquele instante que era exatamente ali que eu queria estar. Dentro dela. Sentindo seu gosto, seu cheiro, recebendo um pouco do que eu chamo de "amor". Foi amanhecendo e nos abraçamos forte como se fosse a primeira e ao mesmo tempo última vez que nossos corpos seriam um só. Olhei nos olhos dela e vi lá no fundo uma flor, era nosso sonho escondido. Não falei nada, mas ela se sentou, pegou nas minhas mãos e disse: você nasceu para ser minha."



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