"Ninguém vai dizer que foi por amor.

Escrevo como quem suspira,

poetisa noite veio enfeitar meus sonhos e seus encantos.

Pode ser que um dia tudo se perca no esquecimento

ou que floresça e transborde.

O que eu sei, fui, não serei.

Sou.

É o tempo, a hora marcada, o intervalo do pensamento jogado nas entrelinhas de uma vida esmagada por paradigmas superficiais.

Não é amor.

É a falta.

Um propósito no fundo da gaveta,

chamamos a fome para o jantar.

Somos o cio, a semente e o pó.

Ainda temos tempo, mas quanto tempo é todo tempo do mundo?

É o risco, o botão enferrujado da máquina de escrever...

Os olhos são os espelhos e nosso silêncio a culpa.

Mudar o final da história ainda nos é permitido.

Alguém vai dizer que foi por amor."

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