Rainer Maria Rilke - Livro “A canção de amor e morte do porta-estandarte Cristovão Rilke”

“A câmara da torre está apagada. Mas eles iluminam seus rostos com sorrisos. Tateiam diante de si como cegos e encontram o outro como uma porta. Quase como crianças assustadas diante da noite, apertam-se um ao outro. No entanto nada temem. Não há nada contra eles: nenhum ontem e nenhum amanhã, pois o tempo se desmoronou. E Ele não pergunta: 'Teu marido?' Ela não pergunta: 'Teu nome?' Encontram-se, na verdade, para serem um para o outro, uma nova estirpe. Darão um ao outro cem nomes novos, e tornarão a tirá-los todos, um do outro, de leve,como se tira um brinco de uma orelha.”

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