Júbilo

Acordei com você no meu olhar,
Preso na minha respiração.
Amanhã acordarei outra
Fria e distante,
Talvez morta.
Talvez mais apaixonada.
O mundo não cabe nos pés...
Nem nas horas que eu insisto em engolir
Quem sou eu?
Um par de botas ou um coração cansado?
Nada me incomoda mais do que a ausência de ritmo 
Dos meus versos pobres, pobres versos tristes
Acordaram em lágrimas, mas adormecerão em risos.
Risos, estes que escondem a dor do desconhecido.
O que sou se não uma curva inacabada?
Uma folha seca ao vento esperando o inverno nascer?
Toda melodia segue um curso, 
Que nem sempre dá a volta,
Mas há sempre um luz ditando nosso destino.
Talvez você seja muito mais do que a minha luz
O que importa?
Você já é, entre o absurdo e o indescritível,
O júbilo desta minha vida.


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