Morada

São quatro horas da manhã 
O ponteiro de março está quebrado
As ondas não chegam a tocar meus pés
Mas posso fechar os olhos 
E sentir a areia entre meus dedos
Apenas ele invade meus pensamentos
Adoeço
Finjo que se foi enquanto sempre esteve aqui
E ainda que eu não saiba nada
Sua morada sempre será o sol
Que eu guardei para mais tarde.

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