A Máquina e eu

Os versos meus
Encharcados de sentido
Escorrem por entre os dedos
E os gemidos que me são raros
Despidos de vaidade
Inundam meu ser de inspiração
Meu inferno está em cada letra
Em cada vão 
Entre o amor e a dor
O desamor e a saudade 
Histórias sobre as histórias
Algumas que os ouvidos conseguiram escutar
Outras que meus lábios puderam sentir
Doce vício este de tecer histórias em teclas enferrujadas 
Instantes segredados que a mente não consegue sozinha eternizar
Como quando criança que dança na chuva e não sabe parar
Aqui estamos,
A máquina e eu
No breve cintilar da noite a divagar 
Onde estariam os pássaros e as estrelas
Se não pudéssemos gritar?


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