No céu de pássaros

O tempo escorre calmamente
Através dos olhos ainda fechados
O amargo adocicou os dias frios
É o ardor da vida envolvendo a carne saciável  

O que não cabe no intervalo de um traço
Escapa impulsivamente das frases incompletas 

Insólito pensamento forçosamente entregue aos ventos 
Um desperdício inspirador sem causa e sem dor 

Outrora tragarei versos tristes
Mas nesta hora tudo que existe insiste 

Tardes de inverno despertam o verão 
E o caminho se redesenha num céu de pássaros 
Sem sim, sem não
Sem multidão




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