Sobre origamis


Onde nasce a solidão que me acorrenta as vírgulas que eu não aprendi a usar?

Paradoxo, obrigação
Em algum verso me ausento da multidão
Uma volta no ponteiro e cada riso colhido é antídoto

Inverdade, satisfação
Volto-me para o abismo do tempo
Ele me engole lentamente, novamente
Deixo de ser sem esquecer
Tudo é nada e nada é minha morada
Solidão, minha pátria idolatrada

A vida, o vácuo
Não há espaço para as histórias que eu não vivo
Tão pouco há paredes para pregar lembranças
Sonhos axiomáticos e não homens
Pseudônimos e eu conectados através de origamis
Flores de papel que não murcham, não envelhecem, não morrem

Serei eu uma flor inerte no coração do mundo ou parte de um universo severo disposto a inundar vidas?





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