Para ela

Num soluço de inverno o verão se instalou no meu peito
No instante que sua voz acalmou minha alma
O som das palavras figuraram os sentidos
Relógios estáticos
Beijos vorazes
Mãos paralisadas no partir
A saudade é fermento
Uma lembrança vivaz impregnou a pele que guarda o toque das mãos
Onde estavam as cordas quando nossos mundos se despediram?
Volta e derrama nos meus braços seus lindos cachos
Tudo que é amor inflama
Não espere, não guarde lágrimas, brilhe no meu peito como nesta tarde ensolarada e vibrante
Se o destino te arrancar a fome terá mais do que eternidade
Sentirá o sabor do nosso instante percorrendo suas curvas
Então ouça bem, poesia estonteante
Não desligue as luzes ainda, pois o amor não atravessou a avenida.
Ainda é dia
E este mesmo céu imaculado se instalou nos lábios do doce fel atordoado
Caminho por verdes campos a sussurrar seu nome para os pássaros
É quando a brisa leve crepuscular me faz cantar com o coração
A melodia que guardei e vivi na sua boca.

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