Por ti construí castelos, desenhei príncipes e princesas, mas o tempo transbordava
Éramos outros codificados numa ânsia crepuscular
Dois planetas explorando o suspirar
O toque selvagem, mordidas, ausência de ar
Um universo inteiro em erupção
Corpos a marchar sob um sonho boreal
Cacei minuciosamente uma dose febril de você
Uma loucura sóbria, porém faminta liderou os sussurros
Desejos inundaram, a lembrança quis ser combustível
O fogo se mudou para uma fotografia
Não era tarde, nem noite e nem dia
Meus pés flutuam desde então, sem prosa, sem melodia...
Ficou-se na minha pele, enquanto ainda fervia, seu líquido e a voz que arrancava meus gemidos
Meu amado, não ouse esquecer dos olhos que te engoliram enquanto o mundo outrora esquecido ruminava as horas que invejavam nosso amor

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