Sem nuvens, sem fogos de artifício, sem punhais afiados
A vida escorre pelos dedos que apontam para o céu
Os rios da alma ainda não secaram
É cedo demais para amar
Tão cedo quanto tarde
O canto das ninfas do mar inebriam
Os ossos se movem forçosamente arriscando um passo qualquer
A felicidade dança ao meu lado
Não é a chuva que vem brindar
São castanholas e tamborins
E o sentir se apropria da razão não imaculada
Tudo que fora vazio por hora é céu aberto, profundo
Liberto das entranhas de discernir
Pecados angelicais misturam-se ao nascer do sol
Sem caças ou caçadores
A eternidade desce garganta abaixo
E não espero que se transforme em prosa
Porque desertos não são olhos negros
São lábios saciados

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