há de desfolhar

Vago entre os espaços preenchidos de outra vida
Desertos são os olhos incertos que desconcertaram minha partida
Volto, tudo é silêncio e expectativa
A poeira dos versos repetidos
Uma voz que grita
Coração palpita, sangra
Não uso sapatos
Troco beijos por sorrisos desajeitados
O tempo impiedoso não dará folga
Há de desfolhar estes lábios apaixonados

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