mulher serpente
pensamento samba no desenrolar
é chuva que molha prosa
corpo nu, mãos sem dedos
sorriso vermelho
tua pele, capa de voar
deito-me sobre o labirinto dos teus lábios
úmidos lábios de embalar sonhos
e nestes cachos em que me perco renasço
azul mar dos olhos que entorpecem
horizonte apanhador de suspiros
ascético desejo
lento o ponteiro que rabisca o infinito nas tuas curvas
enquanto a sede se faz indecente
brindo teu canto de mulher serpente
e realizo-me no cintilar indescritível do teu ser
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