Negros os cabelos do homem que forjou a própria história

Não perder-se é como olhar o céu sem ver estrelas 
Cedo ou tarde a hora será o cálice da garganta 
E tudo que é vida 
Padecerá num único gole 

Súbto desencontro, dilacerados passos 
Medo de ousar ser, descer, subir 
Medo de sentir medo de seguir 
Medo

Chão de alma é desilusão 
A voz rubricada mudou o tom
O gosto da eternidade passageira 
Empoeira a lente se almentar visão 

O norte dos sonhos
Movimendando-se calmante 
Beija o horizonte 
Reluz o espectro e o sem-nome 

Primavera, tão cinza não condiz 
A cor que muda é negra 
Como os cabelos do homem
Que forjou a própria história 



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