tempo não é pedra


lágrimas secam antes de escorrer
a vida instalou-se no cisco que o vento soprou
todo amor que não brotou
padece no pensamento que criei
e reguei com desamor

tão rara é a vida e o pranto que desencanto
deslizo meu olhar vazio para o papel em branco
e canto

a roupa deste verso é meu ponto final
o silêncio se desfez no último abraço
com os beijos que guardei sem contar os passos
desfaço o nó da garganta com a felicidade dos teus erros

corações na contramão
nem água, nem pão, nem mar
impostores de nós mesmos

intangível amanhã desta existência
o tempo não é pedra
viver requer urgência


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