VIAS
a alma se despe no interstício do momento
entre flores arrancadas sem consentimento
o amor quando é chão não basta
é preciso ser rio e correnteza
um último sussurro mistificado
e a saudade se desfaz no descompasso
sem lágrimas, sem dor
a última página se escreve lentamente
assistindo a tristeza pular o muro
a realidade nua permeia o traço apagado
o que fora sufocado partiu com um sorriso frouxo
cada curva perigosa não ultrapassada agora é pasto
reinou o engano, acaso
ferve assim minh'alma inerte
entre flores arrancadas sem consentimento
o amor quando é chão não basta
é preciso ser rio e correnteza
um último sussurro mistificado
e a saudade se desfaz no descompasso
sem lágrimas, sem dor
a última página se escreve lentamente
assistindo a tristeza pular o muro
a realidade nua permeia o traço apagado
o que fora sufocado partiu com um sorriso frouxo
cada curva perigosa não ultrapassada agora é pasto
reinou o engano, acaso
ferve assim minh'alma inerte
por entre estrelas vagante do infinito
com ilusiva sensação de verão
o sol que aquece abundante este corpo celeste
sensação dúbia entre preenchimento e vácuo
o que é real se acumula na imaginação
como estrela cadente que vira desejo de criança
este corpo meu que padece dos céus
do vácuo espaço de viagem uterina
abre cratera no mundo
para alguns fora desejo e beleza
para outros fora infortúnio e destruição
alguns e outros são assim eu
que ao ver da própria alma
encheu-se de beleza e temor
Anie Francis e Jota SG
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