A prosa dela


Exacerbado o homem penteia a madrugada ao som da flauta desencantada. Equivoca-se lentamente. A flauta é como canto de sirenas, quanto mais se esticam os ponteiros, mais o som fatia a alma. E o chão desata para o coração repousar na borda do pensamento. 
Não existe um mundo para este homem sem o último segundo que antecede a aurora. 
Não existe córrego para as lágrimas que enfeitam o silêncio, nem ar nos pulmões ainda florindo, tão pouco dentes para deixar voar o sorriso que brota nos olhos ao notar que poesia se vestiu de prosa [...]

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