DO PÓ

inquietude encharcada de cafeína
os pulmões acendem quase todos os dias
desde que a vida se fez névoa

estes olhos vermelhos
pelo sol que desaprendeu a nascer
são os mesmos olhos cansados de arder

já que a fome pregou o adeus em todas as paredes
é tempo de desfazer o velho nó
os remendos
a bainha

e do pó germinar outra ode

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