é fascinante o desabrochar do caos
as palavras latejam 
os sofrimentos se ascendem em cadeia
os espaços antes vazios transbordam inquietações 
e nenhum semblante que não seja inevitável é capaz de se fazer necessário

as horas impermeáveis ecoam do lado de fora 
toda fonte de prazer é inútil e desprezível 

num labirinto psíquico o eu errante veste a camisa dos quase homens 
aguarda sedento o fim da ilusão de si mesmo 
que de tão bem alimentada 
condiciona-se a devorar a vida devagarinho  

como é fascinante 



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