tela de amor e fogo
atrito perfeito de essência doce
olhos de engolir reflexos
movimentos progressivamente intuitivos
corpos labirintos
quando não há curva inventamos
quando não há porta desenhamos
quando o calor tempera a respiração desconserta
e o êxtase se faz morada de outro êxtase
recreio estridente
sorriso de canto
um jeito singular de desfolhar o gozo
secretos desejos espiam através dos dedos
catalogamos nossas profundezas num perverso extraordinário regozijo
paixão celestial vulcânica
falo e flor
tão uno
tão absoluto
quase morte
quase vida
laçamos dos grunhidos as sementes
da beleza o ruído
não sabemos a carne
não sabemos o tempo
recriamos-nos no côncavo das auroras
colonizamos o paraíso
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