dentro de cada templo habita um labirinto, um punhado imponente de enigmas e vãos. além de esconderijo, a planície vermelha que expande e contrai também é fio de tecer história.
no doce descompasso de encontrar o amor maior me perdi, reencontrei o viver, o sonhar, sem antes atravessar o rio, sem antes meus lábios pronunciarem o amor que floresce devagar.
dos meus crepúsculos, sempre o avesso do verso é rei, mas hoje não. hoje o desconforto se faz ilusão e toda dor veste luz.
reflexões que dão em árvores. subtraio o breu, o não e os medos. sigo. inspiro o melhor e o pior. sigo.
tateio o frio que aporta nesta casca emprestada. sigo.
desencontro-me para desvendar desse amor a plenitude que arrebata. é fermento à magnitude. a paz habitante do desconhecido. o equilíbrio riscando o céu sem palavras.
não há neste palco dor que não seja necessária, alegria que não se faça presente, mas o valor acena da plateia e a delicadeza do bem-me-quer acende o poema.
não há para onde voltar mesmo que deixemos migalhas de pão pelo caminho.
nossa morada é um verbo que nunca aprendeu a pousar.

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