Das dores da alma

"O meu cansaço é um barco velho que apodrece na praia deserta" escreveu Pessoa. É impossível sabermos ao certo qual cansaço atormentava sua alma incansavelmente.
Meu reflexo no espelho ilustra a memorabilia de Fernando.
O inferno é devastador quando arma morada nos pensamos.
A vida está caída no chão. Meu céu se fez céu de Mozart.
Paro para abastecer meu espírito com as estrelas desta noite cálida. Descubro que a infelicidade tem cheiro.
Qual é o fim que não cessa? Fenômeno cíclico dos desafortunados.
O sonho veste o pesadelo. O brilho veste o opaco. A felicidade está pendurada nas paredes da existência; não consigo me lembrar de um único momento de plenitude.
Será mesmo que ser poeta significa carregar as dores do mundo? Ou será que o mundo, pobre mundo, é quem suporta a dor da alma dos poetas?

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