Na beleza e no horror de existir: contentamento
Atrás das lentes. Paradoxo exuberante. Cavalgam as palavras sob dúvidas ancestrais.
Cegos eram os pássaros plantados no coração. Inúmeros infinitos brilhando incessantemente de você pra mim e daqui até aí. São minhas estas orações. São nossos os pensamentos. Felizes os que não competem com a sensatez. Não precisam suportar a ânsia da incompletude.
Meu caro amigo, você diria que foram tempos difíceis aqueles. Quando não nos atentávamos aos adeuses e os pés toleravam a magnitude dos instantes.
Gratidão imediata; também náusea, raiva. Agora, uma fatia de contentamento.
Irreconheço minha alma sufocada na beleza e no horror de existir, mas sou eu aqui: corpo e espírito coexistindo, cada um em sua lucidez.
Aflição paradisíaca.
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