Pés gastos

Aninhei-me sobre os retalhos da história quando o relógio quebrou.
Também parou o mundo de girar no mesmo instante e a solidão nos serviu um banquete.
Éramos nós e o presente acinzentado da realidade; e como pesa a verdade.
A imaginação se estreita e a voz escapa sorrateira entre os lábios. Já gastamos os pés em tanta estrada sem asfalto e tantas foram as promessas que já não tenho clareza: foi mesmo o tempo que parou? Ou fomos nós?

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