Minha solidão é minha

As palavras que voam do peito pousam solitárias.
O vazio tem a cor dos seus olhos.
Não me refaço como antigamente.
Colho meus versos pelo lado certo.
O rugido que atravessa a tempestade é a existência fugaz.
Um convite no abismo da rotina.
O sem-nome é rei.
A saudade é uma morte presente.
Não jogo dados, não lanço facas.
Paralisada fico.
Espio o amor destrancar a porta.
Ainda sonho.
Ainda temo.
Ainda recepciono alegremente todo o mal desta vida.
Minha solidão ainda é minha.
Meu amor ainda é meu.
Meu vazio sou eu.

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