Maria-é-dia



Inquietude encharcada.
A vida se faz névoa.

Os olhos que desaprenderam a auroa
São os mesmos olhos amargos de arder.

A fome pregou adeus em todas as paredes.

Não me sou;
Chovi dentro e fora de mim.
Não me fui;
Desabriguei versos e encantos.

É tempo de desfazer a bainha,
Amarrar os sapatos,
Desabotoar o regalo.

É tempo de saber o pó por germinar outra ode.

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