Gatilhos
A luz dos meus olhos se apaga quando o verbo salta dos teus lábios.
A dolorosa palavra afiada. Repetitiva. Arranhada.
Não me sabe, não me vê, não me tens em seus braços sem pisar forte em meu afago.
Aprendo o narcisismo, o egoísmo, o desprezo, a rudez.
O amor ilustrado no particípio do passado.
No prato?
Uma espécie barata e inocente de esperança. Na via sempre a contramão.
Meu peito já arde longe, faminto e calado.
Seu toque, a formalidade.
Na recomendação da vida: a indiferença.
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